sexta-feira, 15 de abril de 2011

PEDRO GONZALEZ

Dominicano, Santo

1190-1246

14 de Abril

Pedro Gonzalez nasceu em 1190, na cidade de Astorga, em Espanha, no seio de uma família distinta. O seu tio, Bispo de Palência, encantado pelos talentos do jovem, proveu-o de um canonicato e nomeou-o depois decano do Capítulo da sua catedral.
No dia da sua tomada de posse, Gonzalez, naturalmente vaidoso, tentou atravessar a cidade montando um cavalo bem engalanado. Era ali que a Providência o aguardava: a sua vaidade jubilava com os aplausos da multidão quando o cavalo empinou, atirando para a lama o cavaleiro orgulhoso, no meio das vaias da multidão. Esta humilhação foi um o golpe da graça. Pedro levantou-se todo confuso, e disse em voz alta: “Visto que mundo está rindo de mim, vou zombar dele eu agora dele”. E manteve a sua palavra.
Na solidão, no jejum e na oração, ele domou o seu orgulho e tornou-se um modelo de penitência e de humildade. Decidido a romper completamente com o século, ele renunciou à sua dignidade para se tornar um humilde filho de São Domingos e usar os seus talentos para ganhar almas para o céu.
Pedro passava a maior parte das noites a meditar, orar, estudar, e dedicava o dia para instruir os fiéis. Os libertinos irrompiam em lágrimas durante os seus sermões, prostrar-se a seus pés e confessar as suas desordens: ele foi o instrumento de numerosíssimas conversões.
O rei da Espanha Fernando III tentou chamar Gonzalez para junto de si e levá-lo com ele para todos os lugares, até mesmo para a guerra. O santo homem aproveitou-se da confiança do príncipe para a glória de Deus e ele conseguiu evitar muitos transtornos, vivendo sempre, tanto na corte como nos campos de batalha, com a mesma austeridade e mesma regularidade que no claustro.
Alguns senhores licenciosos resolveram a sua perca e conseguiram ao preço de grande quantia de dinheiro, comprara uma prostituta para seduzi-lo. Gonzalez, compreendendo as intenções da infeliz, acendeu uma fogueira e, coberto pelo seu manto, colocou-se no meio desta
À vista deste prodígio, a miserável caiu de joelhos e converteu-se sinceramente; os senhores, que tinham pago os seus serviços, fizeram o mesmo.
No entanto, apesar de todas as solicitações do rei, Gonzalez deixou a corte, depois de muito ter feito para os grandes, ele aspirava instruir e consolar os pobres das zonas rurais. Ele passou o resto da sua vida a evangelizá-los, com incrível sucesso: as montanhas mais escarpadas, os lugares mais inacessíveis, a grosseria ou a ignorância do povo inflamavam a sua caridade; prodígios acompanhavam as suas palavras e faziam que elas produzissem frutos maravilhosos, especialmente entre os marinheiros espanhóis.
Um dia em que ele pregava, o diabo levantou uma terrível tempestade, e a multidão já fugia à procura de abrigo, quando Gonzalez, com um grande sinal da Cruz, dividiu as nuvens, por isso não caiu uma só gota de água. Ele muitas vezes, por meio de um milagre livrou os marinheiros que imploravam a sua ajuda em situações de perigo.
Pedro Gonzalez conhecendo por revelação o seu fim próximo quis retirar-se para Compostela, para ali morrer nos braços dos seus irmãos religiosos, mas ele ficou seriamente doente em Tuy, onde ele pregava durante a Quaresma, e ali morreu no dia de Páscoa, no ano de 1246, com a idade de cinquenta e seis anos. Os seus restos mortais descansam na catedral daquela cidade.
São Pedro Gonzalez é mais conhecido em Espanha sob o nome de São Telmo.

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