sábado, 12 de fevereiro de 2011

EULALIA DE BARCELONA

Virgem, Mártir, Santa
+ 304
A padroeira de Balasar

12 de Fevereiro
Esta notícia biográfica sobre Santa Eulália é da autoria do Padre Humberto Pasquale, que a publicou no Boletim de Graças da Alexandrina.
Imagem de Santa Eulália - Igreja de Blasar
A vida e o martírio de Eulália estão narrados num livro, em língua latina, do ano 405, pelo poeta Aurélio Prudêncio.
A perseguição de Maximiano contra os cristãos alastrou-se, no fim do terceiro século, por todas as regiões do Império Romano e, portanto, à Península.
A comunidade cristã florescia e a crueldade dos pagãos recrudesceu com mais violência no centro mais importante da Espanha, na cidade Emérita Augusta, chamada hoje Mérida.
Os habitantes fugiram pelos campos e bosques. Assim fez Libério com a esposa e a única filha, uma moça de 12 anos já conhecida pela sua bondade e modéstia.
Eulália, no seu esconderijo, não tinha sossego ao saber que muitos irmãos da cidade eram vítimas das perseguições.
Resolveu um dia, embora tão nova e fraca, intervir directamente junto do legado imperial.
Numa noite, com uma amiga de nome Júlia, partiu para Mérida.
Chegada à frente do Pretor, pediu-lhe encarecida e corajosamente que acabasse com a perseguição.
O legado imperial, pasmado pela audácia da rapariga, procurou de mil maneiras fazê-la renegar a sua fé. Ao ver inúteis palavras e ameaças, ficou desnorteado e condenou Eulália a torturas terríveis, a que resistiu com a força sobrenatural que o Espírito de Deus lhe comunicava.
Queimada com tochas ardentes, ainda teve forças para dizer ao algoz : « Deita sal no meu corpo para que não me apresente insossa ao meu Esposo celestial ! »
Era o dia 10 de Dezembro do ano 304. Também Júlia foi martirizada: deceparam-lhe a cabeça.
O exemplo de Eulália deu novas forças aos cristãos; foram muitas as vítimas santas da perseguição, mas finalmente os pagãos deram-se por vencidos.
A fama da Mártir de Mérida difundiu-se rapidamente até às comunidades mais longínquas e Eulália foi venerada e amada por toda a parte.
Balasar há vários séculos tem como padroeira esta santa admirável.
Ignoro se a Alexandrina conheceu a vida e o heroísmo de Santa Eulália. Nem sei se teve devoção para com ela. O que sei é que amou a Deus e professou a fé com o mesmo heroísmo e até maior, porque o seu martírio foi de longos anos e sempre numa indizível alegria.
Invoquemos o seu auxílio e aprendamos as lições do seu exemplo admirável.
H. M. P.
Nota – Mérida fica na Espanha, uns 100 km a nascente de Elvas. É notável pelas suas antiguidades romanas, sobretudo o Teatro, e pelo óptimo museu. Chamava-se Emérita Augusta por ter sido fundada por tropas licenciadas (eméritas) que foram do norte da Península, concretamente de Braga (Bracara Augusta), no séc. I A.C.

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