segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

EGIDIO MARIA DE SÃO JOSÉ

(Francisco António Postillo)
Religioso, Santo
1729-1812

7  de Fevereiro

Nascido em Tarento a 16 de Novembro de 1729, Egídio Maria de São José (tendo no baptismo o nome de Francisco António Postillo), conheceu a pobreza desde a sua infância. Em breve foi obrigado a aprender o duplo e duro emprego de seus pais, tornando-se ele também um excelente “sapateiro” e um especialista do “feltro”. Aos dezoito anos, órfão de pai, ficou sendo o “sustento da família”. A fé cristã sincera que seus pais lhe tinham transmitido, ajudou-o a ultrapassar todas as dificuldades e a ter ser sempre uma confiança inquebrantável no Pai celeste.
Em Fevereiro de 1754, realizando que sempre tinha sido a sua aspiração, quer dizer, “poder pensar e trabalhar só para o Senhor”, depois de ter provido necessariamente às necessidades da família, foi aceite no Convento dos Frades Menores “Alcantarinos” da Providência de Lecce.
Foi iniciado na vida franciscana no mosteiro de Galatone (Lecce). Ali, em 28 de Fevereiro de 1755, entre as mãos do Ministro provincial, Irmão Damiano de Jesus e Maria, fez a sua profissão religiosa.
Desde o mês de Fevereiro de 1755 e até fins de Maio de 1759, ele residiu no mosteiro de Squinzano (Lecce), entregando-se aos trabalhos da cozinha: passou pois a ser o cozinheiro da Fraternidade.

Testemunha da caridade

Depois de uma breve estadia no mosteiro de Capurso (Bali), no mês de Maio de 1759, o irmão Egídio Maria foi destinado a Nápoles, onde os Irmãos Menores Alcantarinos de Lecce, possuíam um pequeno auspício, o de São Pascal, em Chiaia, elevado, durante o capítulo de 1759 ao grau de “Guardaria”.
Em Nápoles, o nosso Beata permaneceu quase 53 anos, quer dizer até à sua morte, ocupando, conforme as necessidades, o cargo de cozinheiro, de porteiro, de esmoler, edificando a todos, e particularmente os pobres, que acorriam numerosos ao Convento de Chiaia para recebem do Irmão Egídio Maria uma ajuda ou uma palavra de consolação.
Com solicitude franciscana e caridade activa, o Bem-aventurado consagrou as suas energias ao serviço dos mis pobres e dos mais sofredores, inserindo-se profundamente no tecido da grande cidade que, nesses anos difíceis, era assolada por fortes tensões sociais e por escandalosas formas de pobreza, por causa dos acontecimentos políticos que implicaram o que então era o Reino de Nápoles, acontecimentos que atingiram a própria Igreja e os seus Pastores.
Bastante numerosos foram os prodígios que acompanharam a missão de bem e de pacificação do Irmão Egídio Maria, o que contribuiu que mesmo enquanto vivo era já chamado o “Consolador de Nápoles”.
“Amai a Deus, amai a Deus”, costumava ele repetir àqueles que o encontravam, quando quotidianamente e à custa de grandes esforços e sacrifícios, singrava nas ruas de Nápoles. Os nobres e as pessoas cultivadas gostavam de dialogar com este franciscano, cujas palavras eram simples, mas cheias do amor de Deus.
A vida do nosso Bem-aventurado foi, no entanto, essencialmente contemplativa. Como esquecer a sua oração prolongada e nocturna diante do Santíssimo Sacramento, a sua terna devoção à Virgem, Mãe de Deus, o seu amor à Natividade do divino Redentor, a sua devoção aos Santos? Justamente porque ele era “contemplativo em acção”, o Bem-aventurado Egídio Maria teve a capacidade de ver o sofrimento e a miséria de seus irmãos e por isso mesmo sempre foi como um “fogo de caridade e de carinho”.
Aureolado por uma grande e vasta reputação de santidade, o Irmão Egídio Maria foi acolhido nas alegrias do Céu pelo Rei da glória, no dia 7 de Fevereiro de 1812, primeira sexta-feira do mês: eram 12 horas do dia, hora em que os sinos do Convento convidavam a orar o Mistério da Incarnação do Verbo no humilde seio de Maria.
O Papa Pio IX declarou a heroicidade das suas virtudes em 24 de Fevereiro de 1868. Por sua parte, o Papa Leão XIII, elevou-o às honras dos altares, proclamando-o Bem-aventurado no dia 4 de Fevereiro de 1888.
Passados mais de cem anos, no dia 15 de Dezembro de 1994, o Santo Padre João Paul II, proclamou-o Santo, oferecendo assim este franciscano tão humilde, à veneração da Igreja universal.
Tradução, segundo o texto francês apresentado pelo

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