+ 1282
Ingride, da nobre família Elofsdotter, nasceu na primeira metade do século XIIIe . Ela recebeu uma educação principesca, altamente cristã. Alma de ideais sinceros, viveu desde os primeiros anos de sua vida num fervor de piedade que nunca mais se apagou. As virtudes mais heróicas pareciam nela totalmente naturais, e quando muito jovem ainda foi forçada pelos pais a casar-se com um homem rico, todo este esplendor não a seduzio de maneira nenhuma e continuou a viver no mundo sem ser do mundo.
Tendo viuvado rapidamente, ela empreendeu, com outras donzelas, suas fieis amigas, uma peregrinação à Terra Santa, onde o seu coração se tornou ainda mais ardente de amor para com Jesus, nosso Salvador. Da Palestina embarcaram depois para Roma e dali empreenderam a viagem – a pé — até São Tiago de Compostela.
Quando voltou para sua pátria, um único deseja a dominava: levar para sempre uma vida de oração e de penitência. Mas o demónio, com uma raiva verdadeiramente infernal, desencadeou contra ela um trauma terrível, procurando manchar a reputação da jovem junto dos seus concidadãos, chegando mesmo a atentar contra a sua vida. Mas tudo isto de nada serviu, porque a santa peregrina, foi acolhida com muita veneração e carinho, a quando do seu retorno.
Ajudada por generosos benfeitores, ela pôde edificar um mosteiro sob a regra de São Domingos e levar assim a cabo o seu mais ardente desejo: fazer os seus votos e passar a vida na contemplação dos santos Mistérios, com um certo número de outras mulheres que aspiravam à mesma vocação.
Isto aconteceu no dia 15 de Agosto de 1281 na presença do rei Magno Ladulas, com a ajuda e o apoio do dominicano Pedro de Dacia e com a autorização do Bispo de Linkoping e do Provincial.
Ingrid morreu no dia 2 de Setembro de 1282, sendo então Priora do Mosteiro que fundara.
A fama da sua santidade e a realização de prodígios maravilhosos, contribuiram para que rapidamente o seu culto se estendesse aos povos vizinhos.
Em 1414, o Bispo de Bournemouth, Canuto Bosson, pediu à Santa Sé a autorização para abrir o processo de canonização, o qual se elisou e foi mesmo parado em 1448, voltando a ser retomado no século seguinte.
Não conseguindo obter uma canonização formal, a Igreja local procedeu, no entanto, 29 de julho de 1507, à translação solene das relíquias, com a aprovação do Papa Alexandre VI, na presença do rei e duma enorme multidão e todos os Bispos da Suécia e, naturalmente todos os dominicanos na região.
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