quinta-feira, 25 de agosto de 2011

MARIA DE JESUS CRUCIFICADO

Carmelita, Beata
1846-1878



Maria Banardy nasceu a 5 de Outubro de 1846, em Abellin, localidade da Galileia, Terra Santa, situada entre Nazaré e Haifa. Ficou órfã aos três anos, sendo levada por seu tio para Alexandria, no Egipto. Aos 12 anos foi prometida em casamento a um jovem do qual muito teve que sofrer para renunciar ao casamento. Um muçulmano quis obrigá-la a abandonar o cristianismo para aderir à religião de Maomé; porque ofereceu resistência, atravessou-lhe o pescoço com um punhal. Julgando-a morta envolveu-a num lençol e abandonou-a fora da cidade. Esvaída e sem sentidos, Maria, durante a noite teve um sonho: sonhou que Nossa Senhora lhe apareceu e que a curou miraculosamente. Assim aconteceu. De manhãzinha acordou completamente curada.
Passou para a Europa, depois de ter trabalhado em Alexandria, Jerusalém e Beirute, acabando por parar em Marselha. Fez-se religiosa numa congregação das Irmãs de S. José, que logo a despediram pois viram que a sua vocação era claramente para a vida contemplativa. Na verdade, os factos extraordinários que encheriam a sua vida tinham já começado. No dia 29 de Março de 1867, pela primeira vez, teve os estigmas da Paixão.
Entrou no Carmelo de Pau, juntamente com Verónica da Paixão, que tinha sido sua mestra na congregação de S. José e da qual saíra para se fazer carmelita também. Tomou hábito no dia 27 de Julho de 1867. Em 1870 partiu para uma fundação na Índia, regressando a Pau, em 1872. Três anos mais tarde, partiu para a Terra Santa, sua pátria, onde fundou um Carmelo em Belém. Preparou a fundação do Carmelo de Nazaré, que só viria a ser inaugurado depois da sua morte, em 1910.
A sua vida foi como a de Santa Maria Madalena de Pazzi: rica em factos extraordinários e inexplicáveis. Contudo, a sua vida diária brilha pela singeleza e pela sua singular simplicidade. Era muito humilde, e apesar de não saber ler, dava bons conselhos e explicações teológicas de uma cristalina transparência e de grande profundidade doutoral. Juntamente com os seus êxtases, que eram contínuos, exercitou sempre as virtudes da humildade e da obediência. Participou durante muito tempo nos sofrimentos da Paixão de Cristo: sobretudo na Quaresma, quando apareciam no seu corpo os estigmas. Só em 1876 lhe desapareceram estes sinais visíveis, pois Maria resolveu pedir insistentemente ao Senhor que lhe tirasse esses sinais miraculosos.
Morreu em 1878, no dia 26 de Agosto. Deixou-nos como herança as suas manifestações místicas, uma abrasadora devoção ao Espírito Santo e um amor incalculável à Igreja e a Cristo Crucificado.

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