HENRIQUE MORSE
Jesuíta, Mártire, Santo
1595-1645
Jesuíta, Mártire, Santo
1595-1645
1 Fevereiro
Henrique Morse
nasceu em Brome (Suffolk), na Inglaterra no seio de uma família de
pequena nobreza, em 1595.
Após os seus
estudos no Corpus Christ College, de
Cambridge, Henrique Morse ingressou na Igreja católica a 5 de Junho de 1644,
enquanto estudava no colégio inglês de Douai, em França.
De volta ao país
natal ele passou quatro anos na prisão por causa da sua adesão ao catolicismo.
Quando foi libertado viajou para Roma e ingressou no Colégio Inglês da Cidade
eterna, para ali prosseguir os estudos que o levariam ao sacerdócio. Henrique
foi ordenado em 1624.
No ano seguinte,
em 1625, voltou para a Inglaterra, onde se fez jesuíta e começou a exercer o
seu apostolado, sob o nome de Henrique Claxton, no nordeste do país. Pouco
depois, foi preso em Newcastle em 1626 e encarcerado na prisão do Castelo de
Iorque. Foi ali que o noviço jesuíta fez os “Exercícios espirituais” sob a
direcção do Padre João Robinson, também jesuíta e seu companheiro de cela. Foi
perante este sacerdote que Henrique fez os seus votos religiosos em 1627.
Passou três anos
nesta prisão, findos os quais foi expulso do país.
O Padre Morse
encontra-se no continente em 1630, e exerce o seu ministério sacerdotal junto
dos soldados irlandeses e ingleses na Flandres. Durante algum tempo foi
administrador do noviciado dos jesuítas ingleses na cidade de Watten e na casa
jesuíta de Liège.
No fim do ano
1633 voltou para a Inglaterra indo exercer o seu ministério em Londres e seus
próximos arredores. Em 1636, graças ao seu zelo, noventa famílias protestantes
aderem ao catolicismo. O seu zelo apostólico leva-o a ajudar os leprosos
(católicos e protestantes) acabando mesmo por ser atingido pela doença, da qual
saiu ileso.
Mais uma vez
preso (27 de Fevereiro de 1637), ainda porque indefectivelmente sacerdote
católico e “tendo removido os fiéis de
Sua Majestade de sua fé e felicidade”, ele foi condenado à morte em 21 de
Abril. Dois dias depois, na prisão, ele fez sua profissão religiosa final como
jesuíta, entre as mãos do padre Edward Lusher. No entanto, a intervenção da
rainha católica Henriqueta Maria (e o pagamento de um depósito forte) recebe
sua liberação em 20 de Junho de 1637.
Para evitar
problemas para aqueles que o tinham salvado da prisão, voltou para o exílio
(1640), quando um novo édito real ordenou que todos os sacerdotes católicos
deixassem o país antes de 7 de Abril de 1641. Ele se tornou capelão da
Regimento inglês de Henry Gage, lutando – ao serviço da Espanha – contra os
holandeses.
No entanto, ele
retornou à Inglaterra em 1641. Detido novamente em 1643 em Cumberland e preso
em Durham e em seguida a Newcastle antes de ser enviado pelo mar para Londres. Ali
foi condenado, sem outro julgamento, com base na antiga “culpa” (convicção de
1637) por ser sacerdote católico.
No dia da sua
execução foi celebrada a Santa Missa na sua cela.
No catafalco, perdoou
aos carrascos e juízes e afirmou que “a
Inglaterra, dividida pela guerra civil, só estará em paz no dia em que seus
súbditos se unirem ao bispo de Roma, na fé católica”. Ele foi executado em
Tyburn, e morreu esquartelado em 1 de Fevereiro de 1645.
O Papa Pio XI
beatificou-o em 1939 e a sua canonização ocorreu em 25 de Outubro de 1970, por
Paulo VI, ao mesmo tempo que a dos 40 mártires da Inglaterra e do País de
Gales.
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