sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

HENRIQUE MORSE
Jesuíta, Mártire, Santo
1595-1645

1 Fevereiro

Henrique Morse nasceu em Brome (Suffolk), na Inglaterra no seio de uma família de pequena nobreza, em 1595.
Após os seus estudos no Corpus Christ College, de Cambridge, Henrique Morse ingressou na Igreja católica a 5 de Junho de 1644, enquanto estudava no colégio inglês de Douai, em França.
De volta ao país natal ele passou quatro anos na prisão por causa da sua adesão ao catolicismo. Quando foi libertado viajou para Roma e ingressou no Colégio Inglês da Cidade eterna, para ali prosseguir os estudos que o levariam ao sacerdócio. Henrique foi ordenado em 1624.
No ano seguinte, em 1625, voltou para a Inglaterra, onde se fez jesuíta e começou a exercer o seu apostolado, sob o nome de Henrique Claxton, no nordeste do país. Pouco depois, foi preso em Newcastle em 1626 e encarcerado na prisão do Castelo de Iorque. Foi ali que o noviço jesuíta fez os “Exercícios espirituais” sob a direcção do Padre João Robinson, também jesuíta e seu companheiro de cela. Foi perante este sacerdote que Henrique fez os seus votos religiosos em 1627.
Passou três anos nesta prisão, findos os quais foi expulso do país.
O Padre Morse encontra-se no continente em 1630, e exerce o seu ministério sacerdotal junto dos soldados irlandeses e ingleses na Flandres. Durante algum tempo foi administrador do noviciado dos jesuítas ingleses na cidade de Watten e na casa jesuíta de Liège.
No fim do ano 1633 voltou para a Inglaterra indo exercer o seu ministério em Londres e seus próximos arredores. Em 1636, graças ao seu zelo, noventa famílias protestantes aderem ao catolicismo. O seu zelo apostólico leva-o a ajudar os leprosos (católicos e protestantes) acabando mesmo por ser atingido pela doença, da qual saiu ileso.
Mais uma vez preso (27 de Fevereiro de 1637), ainda porque indefectivelmente sacerdote católico e “tendo removido os fiéis de Sua Majestade de sua fé e felicidade”, ele foi condenado à morte em 21 de Abril. Dois dias depois, na prisão, ele fez sua profissão religiosa final como jesuíta, entre as mãos do padre Edward Lusher. No entanto, a intervenção da rainha católica Henriqueta Maria (e o pagamento de um depósito forte) recebe sua liberação em 20 de Junho de 1637.
Para evitar problemas para aqueles que o tinham salvado da prisão, voltou para o exílio (1640), quando um novo édito real ordenou que todos os sacerdotes católicos deixassem o país antes de 7 de Abril de 1641. Ele se tornou capelão da Regimento inglês de Henry Gage, lutando – ao serviço da Espanha – contra os holandeses.
No entanto, ele retornou à Inglaterra em 1641. Detido novamente em 1643 em Cumberland e preso em Durham e em seguida a Newcastle antes de ser enviado pelo mar para Londres. Ali foi condenado, sem outro julgamento, com base na antiga “culpa” (convicção de 1637) por ser sacerdote católico.
No dia da sua execução foi celebrada a Santa Missa na sua cela.
No catafalco, perdoou aos carrascos e juízes e afirmou que “a Inglaterra, dividida pela guerra civil, só estará em paz no dia em que seus súbditos se unirem ao bispo de Roma, na fé católica”. Ele foi executado em Tyburn, e morreu esquartelado em 1 de Fevereiro de 1645.

O Papa Pio XI beatificou-o em 1939 e a sua canonização ocorreu em 25 de Outubro de 1970, por Paulo VI, ao mesmo tempo que a dos 40 mártires da Inglaterra e do País de Gales.

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